Pesquisa mostra o valor do sorriso na estética facial masculina

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Você faz ideia, em números percentuais, do impacto que um sorriso tem para definir a beleza de um homem?

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília, em parceria com a Universidade Federal de Goiás, nos traz reforço científico sobre a importância de um sorriso estético e saudável: o estudo mostra que este é o elemento mais relevante para a definição de um rosto bonito em homens sorridentes, representando 38% da beleza percebida.

Os dentistas Carla Karina Carvalho, Jorge Faber, Marcos Augusto Lenza e Virna Patusco são os autores do artigo, desenvolvido para avaliar os aspectos estéticos e funcionais relacionados ao rosto masculino.

O propósito do estudo é conceder apoio científico aos profissionais da saúde, em especial àqueles que atuam com tratamentos estéticos e terapêuticos, favorecendo a tomada de decisões com base em informações comprovadas cientificamente a fim de contribuir, inclusive, para a qualidade de vida.

O ranking dos elementos faciais para a definição da beleza nos homens

O estudo, que tem como título “Smile prevails over other facial components of male facial esthetics”, em português “O sorriso prevalece sobre outros componentes da estética facial masculina”, apresenta o escore dos elementos faciais que representam 63% da definição de beleza masculina em rostos sorridentes:

  • Sorriso: 38%,
  • Olhos: 14%,
  • Queixo: 9%,
  • Nariz: 2%.

Na avaliação de rostos sérios esses números passam por mudanças, e a boca assume o segundo lugar da lista:

  • Olhos: 22%,
  • Boca: 18%,
  • Queixo: 8%,
  • Nariz: 2%.

Ao falar sobre as alterações das porcentagens e da relevância dos elementos faciais, Virna Patusco destaca a importância que os olhos e a boca têm para comunicar os sentimentos manifestados com o rosto. “Pelos olhos é possível perceber, por exemplo, se alguém está concentrado ou com raiva. Pela boca e sorriso são manifestadas emoções positivas, como alegria, amizade, simpatia e sociabilidade.”

A metodologia do estudo

Para a amostragem da pesquisa foram estudados 86 homens com idades entre 19 e 30 anos, fotografados frontalmente enquanto sorriam.

Homens que tivessem barba, bigode, manchas na pele e deformidades dentofaciais não fizeram parte do estudo. Para as fotografias, os participantes não usaram óculos e tiveram seus cabelos cobertos por toucas.

A padronização das imagens foi assegurada com a ajuda de cefalostato, instrumento que favorece a imobilidade da cabeça, e de uma esfera de calibração colocada sobre a testa de todos os participantes.

As fotos passaram por ajustes digitais, sendo todas recortadas no mesmo tamanho e convertidas para a escala de cinza. Dessa forma, a cor da pele não apresentaria muita interferência nas análises. Ainda foram produzidos recortes das regiões faciais (boca, olhos, nariz e queixo) para serem avaliados separadamente.

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Fonte: Portal UnB Ciência.

A análise das fotografias foi realizada por 15 mulheres com idades entre 20 e 60 anos, por meio de um website desenvolvido para o estudo. As imagens eram exibidas aleatoriamente, junto a perguntas como “Quão bonita você considera esta face?” e “Quão bonitos você considera estes olhos?”.

As mulheres deveriam dar notas de 0 a 10, conforme a percepção que elas tinham da beleza de cada rosto e de cada elemento avaliado. As imagens que apresentavam os elementos faciais separadamente também eram exibidas de forma aleatória, e não após serem mostrados os rostos aos quais eles pertenciam, evitando que a composição total influenciasse nas áreas reveladas separadamente.

Softwares de computador foram usados para tirar as medidas das faces e de seus elementos. Entre os itens mensurados estão:

  • Proporção da face,
  • Largura do sorriso,
  • Largura e volume dos lábios,
  • Tamanho dos dentes,
  • Largura e comprimento do nariz,
  • Largura dos olhos,
  • Posição das pupilas entre si,
  • Comprimento das sobrancelhas e o ápice de seu arco.

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Análise dos resultados

A avaliação da relação entre as notas dos elementos faciais e a nota total do rosto foi realizada por softwares a partir da análise de regressão múltipla, técnica estatística responsável por apurar a influência de variáveis em relação ao tema estudado – essa técnica é comumente usada na área da saúde para prever riscos de desenvolvimento de algum tipo de doença relacionada a determinados fatores.

Esse procedimento permitiu aos pesquisadores identificar o coeficiente que determina o quanto a beleza do rosto pode ser explicada pelos elementos faciais. Segundo Jorge Faber, “na vista frontal, o sorriso, por exemplo, é quase 20 vezes mais importante para a beleza do que o nariz”.

Os rostos masculinos considerados mais bonitos foram os que tiveram a soma de componentes mais agradáveis visualmente. “Isso contraria a ideia de que a face deveria ser um conjunto harmônico de combinações. Por exemplo, olhos claros em japoneses não são uma combinação característica dessa etnia. Mas o design do olho oriental somado à linda cor azul produz uma combinação de olhos mais bonitos”, explica Faber.

Quanto à percepção da beleza, a dentista Carla Karina Carvalho fala sobre existirem evidências científicas indicando que a compreensão daquilo que é belo vem da genética, havendo uma concordância popular sobre a beleza, mesmo entre diferentes idades e etnias.

A pesquisa apresentou um nível bastante baixo de dispersão das notas dadas aos rostos analisados, confirmando que as pessoas possuem percepções semelhantes sobre aquilo que é estético.

As características que definem os sorrisos considerados mais bonitos

A pesquisadora e coautora do estudo fez uma lista dos itens que determinam um sorriso mais bonito:
Cantos dos lábios mais altos que o centro enquanto a pessoa sorri,
Sorriso largo (em relação à dentição),
Borda superior e inferior dos dentes acompanhando o contorno dos lábios,
Ausência de espaços entre os dentes.

Conclusões e aplicações do artigo

O coautor do estudo Jorge Faber destaca que os resultados podem contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas porque vão além dos objetivos estéticos, oferecendo embasamento científico ao tratar deformidades ocasionadas por acidentes e patologias.

Para um paciente que sofreu um acidente de moto, por exemplo, e precisa de uma reconstrução mandibular, “guias podem ser fabricadas com impressão 3D para orientar a execução dessa reconstrução, dando ao indivíduo um formato de mandíbula que seja o mais bonito possível”.

Outro exemplo é o caso de pessoas que têm bruxismo em um grau elevado, causando a hipertrofia do músculo mandibular. Em situações como essa o tratamento estético e terapêutico pode solucionar a condição clínica e favorecer a beleza facial ao torná-la mais alongada.

O estudo reforça, ainda, a importância estética e funcional da odontologia, além de oferecer orientações científicas para os profissionais desse segmento, destacando que um tratamento odontológico é capaz de ajudar o paciente a conquistar um rosto mais bonito ao mesmo tempo que contribui para a sua saúde e qualidade de vida.

Fonte: Portal UnB Ciência.

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