Resumo: Membrana Duosynt reabsorvível: biocompatível, porosa e flexível, guia a regeneração óssea, favorece vascularização e garante manuseio facilitado.
Membranas reabsorvíveis
Na odontologia, a perda precoce de dentes, o crescente aumento de erros de planejamento e falhas de implantes dentários, patologias ósseas, traumas e doenças infecciosas têm contribuído para o grande número de pacientes com quantidade óssea insuficiente e inadequada para a instalação de implantes dentários e posterior reabilitação oral. Nos últimos 40 anos, diferentes membranas foram desenvolvidas, com a finalidade de atuarem como barreiras físicas no tratamento de defeitos ósseos.
Dentre elas se destacam as membranas reabsorvíveis reconhecidamente biocompatíveis. Dentro deste contexto, a membrana reabsorvível Duosynt apresenta importantes características, como a lenta degradação, porosidade, fácil manuseio, permite a formação de um arcabouço que favorece o processo regenerativo e sua composição com dois diferentes polímeros que juntos associam biocompatibilidade e flexibilidade.
Cientificamente comprovado, esta membrana apresenta um tempo de degradação lenta (8 a 12 semanas) propriedade que permite sua indicação como barreira oclusiva guiando a regeneração de defeitos ósseos através da exclusão mecânica de células não-osteogênicas dos tecidos moles circundantes, permitindo assim que a população de células osteogênicas originária do osso nativo possa habitar o defeito ósseo.
Além dessa propriedade, a membrana Duosynt mostrou ser uma membrana biocompatível com mínimo recrutamento de células inflamatórias nos períodos estudados. A porosidade da membrana facilita a vascularização local e a proliferação celular, além de permitir a troca de nutrientes no local da implantação. A não necessidade de hidratação prévia e a sua flexibilidade facilitam o manuseio e a inserção no local de implantação.

Polímeros no desenvolvimento de Duosynt
A membrana Duosynt é o resultado da associação de dois polímeros: Poli (L-lactato-coglicolato) (PLGA) e poli (L-lactato-co-Trimetileno Carbonato) (PTMC), esta combinação, mostrou resultados promissores como arcabouços poliméricos biodegradáveis.
O PTMC é um polímero que apresenta boas propriedades de biocompatibilidade, flexibilidade e de erosão superficial, não produz compostos ácidos após a degradação e apresenta degradação mais lenta em comparação com o PLGA. Outro fator interessante que aponta o PTMC como uma boa alternativa para a engenharia de tecidos é a sua caraterística elástica à temperatura corporal.
O PLGA tem sido o biomaterial polimérico de maior sucesso para utilização em sistemas de administração controlada de medicamentos. Neste contexto, as propriedades do PLGA e do PTMC são uma boa opção para a composição de membranas para regeneração óssea guiada.


Solução 100% sintética, a alta porosidade da Duosynt possibilita a passagem de elementos de menor peso molecular, enquanto impede a migração de células indesejáveis para o local de reparação.
Autora: Dra. Monica Diuna Calasans Maia



