Implante Friccional em Região Posterior – Acompanhamento de Caso – 4 anos

Prof. Dr. Thiago Gemelli

A instalação de implantes dentários é um procedimento bastante comum na prática odontológica contemporânea. Modernas técnicas e dispositivos possibilitam reabilitar as condições funcionais e estéticas pré-existentes com relativa facilidade e rapidez. Contudo, a obtenção do sucesso clínico não se traduz pelo resultado imediato obtido, mas, sobretudo, pela manutenção desse resultado ao longo do tempo. Assim, o planejamento cirúrgico-protético inadequado poderá comprometer o sucesso do resultado, uma vez que a inobservância de parâmetros essenciais nessas etapas pode condicionar a reabilitação a um período de tempo pouco longevo.

Em relação aos sistemas de implantes selecionados, é fundamental optar por aqueles que possibilitem conexões justas, estáveis e isentas de percolação e com maior resistência mecânica. Deste modo, a ausência de micromovimentos e gaps tende a permitir uma remodelação tecidual ainda mais íntima com os dispositivos metálicos relacionados, contribuindo consideravelmente para uma maior estabilidade peri-implantar. As conexões friccionais (morse) são cientificamente reconhecidas como aquelas que melhor atendem essas exigências.

No caso demonstrado abaixo, é possível averiguar a estabilidade conseguida após 4 anos de acompanhamento em reabilitação de elemento unitário com implante Arcsys (FGM-Brasil).

Relato do Caso

Paciente do gênero feminino, 28 anos, compareceu à clinica odontológica particular para tratamento da dor no elemento 46. A anamnese conjunta à avaliação clínica permitiu identificar a presença de uma fratura longitudinal no referido elemento, determinante para a substituição do mesmo por um implante dental. Uma tomografia foi solicitada com o intuito de elaborar um planejamento operatório mais assertivo.

Figura 1: Tomografia inicial do el 46.
Figura 1: Tomografia inicial do el 46.

A exodontia foi realizada e um implante imediato (Arcsys 3.8x11mm) foi instalado concomitantemente. O gap alveolar foi totalmente preenchido com biomaterial sintético bifásico, em razão de suas características e propriedades físico-químicas favoráveis à manutenção do espaço pretendido. Um período de 90 dias foi programado para a realização da reabertura.

Figura 2: Implante imediato associado à enxerto sintético (Nanosynt, FGM-Brasil)
Figura 2: Implante imediato associado à enxerto sintético (Nanosynt, FGM-Brasil)

Após 90 dias, ocorreu a ativação do componente protético (munhão 4,2x4x4,5mm). Um transferente multifuncional em PEEK permitiu a confecção de uma coifa protetora personalizada, que permaneceu em boca durante as próximas 4 semanas de sua instalação. Este curto período de tempo foi suficiente para possibilitar a estruturação de um tecido no formato anatômico de interesse, a fim de mimetizar a linha de união entre a prótese e o componente protético utilizado. Após 4 semanas de condicionamento tecidual, a paciente retornou ao consultório para a moldagem de transferência.

Figura 3: Condicionamento tecidual obtido após 4 semanas de uso da coifa protetora personalizada.
Figura 3: Condicionamento tecidual obtido após 4 semanas de uso da coifa protetora personalizada.

A quarta consulta clínica foi dedicada à instalação da prótese metalocerâmica. A correta seleção da altura do transmucoso e o manejo dos tecidos para o condicionamento do tecido peri-implantar são fatores fundamentais a serem considerados quando se almeja esconder o término da prótese.

Figura 4: Coroa metalocerâmica instalada na região do el. 46, 18 semanas após a instalação do implante.
Figura 4: Coroa metalocerâmica instalada na região do el. 46, 18 semanas após a instalação do implante.

Um ano após a reabilitação do elemento 46, a paciente foi submetida à avaliação radiográfica de controle. Os exames complementarem permitiram ratificar o êxito associado à técnica preconizada. A presença de tecido ósseo justaposto às paredes do componente (inclusive assumindo seu contorno) e no mesmo nível do rebordo pré-exodôntico, evidenciaram a estabilidade dos tecidos adjacentes, bem como a competência do enxerto cerâmico utilizado.

Figura 5: Radiografia panorâmica de acompanhamento de 12 meses.
Figura 5: Radiografia panorâmica de acompanhamento de 12 meses.

Considerando que os resultados favoráveis obtidos poderiam estar associados às limitações e distorções radiográficas intrínsecas à técnica panorâmica, a paciente foi submetida a um controle radiográfico interproximal para maior detalhamento local, por ser a mais indicada para a avaliação de cristas marginais e conferir reconhecida superioridade quanto à riqueza de detalhes. Como se pode observar na figura 6, o resultado obtido foi extremamente satisfatório.

Figura 6: Radiografia interproximal evidenciando remodelação mínima e justaposição óssea ao componente protético após 12 meses de acompanhamento.
Figura 6: Radiografia interproximal evidenciando remodelação mínima e justaposição óssea ao componente protético após 12 meses de acompanhamento.

Ao completar 52 meses da instalação do implante e 48 meses da reabilitação protética, a paciente foi novamente submetida a exames complementares para acompanhamento do caso. É válido ressaltar que as condições de higiene oral nesta paciente são deficitárias, e que mesmo assim, os tecidos adjacentes à conexão se mantiveram em excelente estado, ratificando o alto desempenho do sistema selecionado.

Figura 7: Controle clínico da região do elemento 46 após 48 meses. Observe a manutenção dos tecidos peri-implantares, mesmo em condições hostis.
Figura 7: Controle clínico da região do elemento 46 após 48 meses. Observe a manutenção dos tecidos peri-implantares, mesmo em condições hostis.
Figura 8: Imagens clínicas comparativas entre a região do elemento 46 (4,5 e 48 meses depois).
Figura 8: Imagens clínicas comparativas entre a região do elemento 46 (4,5 e 48 meses depois).
Figura 9: Imagens radiográficas comparativas entre a região do elemento 46 (4,5 e 48 meses depois).
Figura 9: Imagens radiográficas comparativas entre a região do elemento 46 (4,5 e 48 meses depois).

O acompanhamento deste, caso permitiu concluir que a reabilitação cimentada unitária sobre implantes de conexão morse constitui uma interessante abordagem terapêutica, uma vez que esta possibilita a manutenção peri-implantar. Neste caso, mesmo havendo baixa colaboração quanto ao controle de biofilme por parte da paciente, os tecidos adjacentes ao implante mantiveram-se estáveis, permitindo, inclusive, a evidenciação do fenômeno do “travamento biológico” do componente protético, ocorrido quando o tecido se justapõem de maneira a impedir mecanicamente o desacoplamento deste com o implante.

 

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